COMUNIDADE MENINO JESUS

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Ser manifestação do amor de Deus pela encarnação do verbo!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

É possível um namoro santo?



É POSSÍVEL UM NAMORO SANTO?


Por Bruno Cruz (@bhcvida)
Namorar é muito bom, quase todos os jovens aspiram por esta belíssima experiência de amor. O desejo de namorar é uma tendência natural de todo ser humano.
Deus criou todos os homens com a vocação natural de amar uma mulher e todas as mulheres com a vocação natural de amar um homem. Prova disto esta na categórica frase do livro de Gêneses 2 v. 18 que diz: “Não é bom que o homem esteja só” . A plenitude deste amor conjugal se dá no sagrado contexto do matrimonio, o namoro é o primeiro passo para o alcance desta plenitude, por isto pode-se dizer que é comum e natural na ordem de Deus o desejo de namorar.

Feliz o jovem que namora e que busca conhecer a pessoa ideal para viver para sempre ao seu lado. Aquela pessoa que estará do seu lado na alegria, na tristeza, na saúde, na doença e por todos os dias de sua vida até que a morte os separe. Aquela pessoa que será com você “uma só carne” e que será nada mais e nada menos que mãe ou o pai de seus filhos. Quem namora na santa pureza, com o intuito de casar-se e na busca da vivencia da perfeita caridade nada faz de errado, é feliz e Deus o abençoa.
Porém nós cristão sabemos que Satanás sempre tem uma idéia diferente das coisas que Deus criou, lembro-me de São Pio de Pietrelcina que dizia que o demônio sempre nos apresenta o “bordado de Deus” de cabeça para baixo. Pois é, o eterno condenado e seus súditos promoveram com força e eficácia uma concepção errônea de namoro. Namorar deixou de ser uma experiência santa, pura, sadia e de amor para se tornar um meio de perversão, promiscuidade, impureza, ciúmes, fornificação e egoísmo.
Namorar para os mundanos passou a ser um contrato sexual, um compromisso sem aspiração para o casamento, afronta a modéstia e ao pudor, agressão as primícias da castidade e um meio de dominação do parceiro ou parceira a ponto de matarem por ciúmes.
É comum esta perversão entre casais de namorados mundanos, pagãos e insanos. Porém jamais pode ser algo real e continuo no contexto eclesial. O namoro dos cristãos devem ser para honra e gloria do Senhor Jesus. O catecismo da Igreja no parágrafo 1602 diz em outras palavras que o casamento deve prefigurar a perfeita aliança que Cristo estabeleceu com a sua esposa, a Igreja. Como o namoro é o caminho para o casamento, o casal de namorados deve fazer de tudo para que os seus relacionamentos sejam amorosos, puros, retos e inocentes tal como é o relacionamento de Cristo com a Igreja.
Porém alguns jovens católicos mergulhados no relativismo moderno abraçaram a idéia satânica de namoro e já não namoram em santidade. Tudo começa com aquelas caricias e beijos de língua prolongados, naquela peça de roupa imodesta que proporciona excitação ou nos famosos ambientes privados de alguém que os possam vê-los namorando. Passo a passo o “pecadinho” culmina no “pecadão” de vida sexual desregrada chegando ao ponto de usarem anti-concepcionais, camisinhas e até pílula do dia seguinte para evitar a gravidez precoce. Parecem mentira estas histórias, mas não são. Já vi casos de irmãos na fé que ficaram pelo caminho por que abraçaram os princípios deste mundo, estes irmãos colhem ainda hoje frutos amargos porque um dia semearam más sementes.
O Senhor diz a Igreja em Thiago 1 v. 22: “ Sede cumpridores da palavra e não meros ouvintes”. Penso que mais do que nunca chegou o tempo da vigilância, da oração e do arrependimento para que este terrível relativismo não ganhe proporções entre a juventude católica.
Os namorados católicos devem criar estratégias para agradar a Deus, a primeira coisa que deve acontecer é a consciência da fragilidade humana. Os jovens devem ser humildes como o glorioso apóstolo Paulo que dizia: “Não faço o bem que quereria, mas o mal que não quero (Romanos 7 v. 19)”. Infelizmente tem jovens católicos que acham que são anjos, que podem namorar como quiser, onde quiser e do jeito que quiser que jamais cairão em pecado. Isto fez com que muitos fossem jogados no chão para nunca mais levantarem. Não podemos ser orgulhosos e mentirosos conosco mesmo, a grande verdade evangélica é que somos homens de pouca fé (Mt 14 v. 31) e se não vigiarmos, antes que o galo cante podemos negar o Senhor por três ou mais vezes ( Lucas 22 v. 61).
Depois desta consciência da fragilidade o casal deve criar a consciência do limite, ambos devem conversar e estabelecer os limites que os ajudará a combater o pecado contra a castidade. Tem hora que o sinal fica vermelho e prosseguir em frente pode significar uma lamentável ofensa a Deus. Tem hora que o beijo tem que parar, que o abraço tem que ser menos apertado, que a mão tem que ser retirada, que o toque tem que ser evitado e por ai vai. Posso testemunhar para os irmãos que a consciência da fragilidade e do limite muito me ajudou no meu namoro e noivado, pouco antes do casamento eu e minha esposa decidimos não mais beijar de língua, pois no nosso caso em particular este ato estava nos levando a excitações impuras.
Após a consciência da fragilidade e do limite o segredo é rezar. O Papa Bento XVI tem nos falado atualmente nas catequeses de Quarta-Feira sobre a necessidade da oração, penso que tudo se resume na seguinte frase: ”Quem reza se salva”, ou na frase de São Padre Pio: ”Quem não reza se condena”. Os casais de namorados que não rezam juntos, que não procuram ter uma profunda vida eucarística, mariana e de comunhão com o Espírito Santo dificilmente permanecera de pé e firmes nos seus ideais.
Termino este texto dizendo que Deus é amor ( 1 João 4 v.8) , o Senhor perdoa a todos que tem o coração arrependido, os únicos que não recebem o perdão de Deus são aqueles que não aceitam a misericórdia infinita do Senhor. Portanto, se seu namoro anda vacilante saiba que o Coração Sagrado de Nosso Senhor esta aberto para perdoar você e seu namorado ou namorada, as mãos chagadas Dele estão prontas para vos curar e o Espírito Santo preparado para lhes ungir e enviar para uma vida santa e reta. Não temam em correr para a confissão e reinaugurar o seu namoro de tal forma que glorifique a Deus acima de todas as coisas (Mt 12 v. 30).
Mãe castíssima e puríssima, Rogai por nós!

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